A
reunião da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desta terça-feira
(27) terminou sem acordo, e os bancários decidiram manter a greve. Uma nova
rodada de negociações foi marcada para quarta-feira (28), às 15h.
No
22º dia de greve, 13.449 agências e 36 centros administrativos tiveram as
atividades paralisadas, segundo o último balanço da Contraf-CUT. É a greve mais
longa já realizada pela categoria dos bancários.
Negociações - A
categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban - de reajuste de
6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e
abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7%
no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de
R$ 3,3 mil.
Os
sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma
perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da
inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial - no
valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de
três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores
condições de trabalho.
A
Fenaban disse em nota que a última proposta apresentada "resulta numa
remuneração superior à inflação prevista para os próximos doze meses, com ganho
expressivo para a maioria dos bancários".
Atendimento - Em
nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem
usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que
não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências
e saques de benefícios sociais.
Nos
correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e
supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de
serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros
serviços.
Greve passada - A
última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve
duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24
estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em
resposta à reivindicação de 16% da categoria.
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