Os
gabaritos das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicadas no
último fim de semana estão disponíveis na internet e também no aplicativo do
Enem. Os cadernos de questões estão disponíveis para download, dando acesso a
todos os itens do exame.
Segundo
o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), uma questão sobre efeito estufa, na prova de Ciências da Natureza e
suas Tecnologias, foi anulada. Ela tem número diferente dependendo da cor do
caderno de questões - Caderno Branco (Questão 58), Caderno Amarelo (Questão
52), Caderno Azul (Questão 60), Caderno Rosa (Questão 88). De acordo com o
Inep, como a prova do Enem é baseada na Teoria de Resposta ao Item (TRI), a
anulação não tem impacto no resultado final.
Questão
anulada - A questão foi anulada na prova regular porque a escala do gráfico
apresentado permitia diferentes interpretações. O item foi mantido na prova
aplicada a participantes com deficiência visual. Segundo o Inep, foram
disponibilizados quatro gráficos representando cinco gases responsáveis pelo
fenômeno de efeito estufa e suas respectivas concentrações na atmosfera entre
os anos de 1978 e 2010.
A
questão pedia que o participante indicasse qual dos gases apresentava maior
aumento percentual de concentração na atmosfera nas últimas duas décadas.
Embora não haja incorreções nos dados, as escalas apresentadas nos gráficos
podem ter dificultado a visualização dos pontos relativos à concentração de
gases e assim, a partir de um cálculo mais sofisticado, permitido uma segunda
interpretação por alguns participantes.
Na
prova ledor, aplicada para deficientes visuais, as questões com imagens são
adaptadas, e não há possibilidade de uma segunda interpretação. Por esta razão,
o item não foi anulado.
Teoria de Resposta ao Item - Mesmo
com o gabarito em mãos, os candidatos não conseguirão saber a nota que tiraram
porque o sistema de correção do Enem usa a metodologia da Teoria de Resposta ao
Item (TRI), que não estabelece previamente um valor fixo para cada questão. O
valor varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele
item. Assim, se a questão tiver grande número de acertos será considerada fácil
e, por essa razão, valerá menos pontos. O estudante que acertar um item com
alto índice de erros, por exemplo, ganhará mais pontos por ele.
Dessa
forma, o candidato só saberá a sua nota nas provas objetivas após a divulgação
do resultado final. Os resultados individuais serão divulgados apenas no dia 19
de janeiro, quando todos os participantes, inclusive aqueles que fizeram o
exame nos dias 5 e 6 de novembro, saberão exatamente quanto tiraram em cada uma
das provas.
Segunda aplicação - O
Enem foi aplicado no início de novembro para 5,8 milhões de candidatos. Um
grupo de 277.624 estudantes, no entanto, teve o exame adiado. De acordo com o
Inep, dos inscritos para a segunda aplicação, 273.521 (98,52%) não puderam
participar do Enem regular por causa das ocupações em escolas, universidades e
institutos federais, enquanto 4.103 candidatos (1,47%) foram afetados por
contingências como a interrupção do fornecimento de energia elétrica.
As
notas da prova podem ser usadas para pleitear vagas no ensino superior público
pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para pedir bolsas no ensino superior
privado pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além disso, os candidatos com mais de
18 anos podem usar o Enem para receber a certificação do ensino médio.
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