Presos
da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, voltaram a se
rebelar nesta terça-feira (17). A informação foi confirmada pelo Comando da
Guarda da unidade prisional. Os presos dos pavilhões 1, 2, 3 e 4 montaram uma
barricada no final da manhã de frente ao pavilhão 5. Pelo outro lado, os
detentos do pavilhão 5 também fizeram a mesma coisa. As barricadas são feitas
com portas e outros objetos que foram arrancados de dentro dos pavilhões. Às
14h o "caveirão" e viaturas da Tropa de Choque chegaram ao presídio.
A
PM tenta conter a situação com bombas de efeito moral e tiros de arma não
letal. "A situação é muito tensa", disse o major Wellington Camilo,
do Comando da Guarda Penitenciária. Há gritaria e os presos do Sindicato do
Crime e do PCC montaram barricadas. Viaturas da Força Nacional e da Polícia
Militar fazem o patrulhamento dos arredores do presídio para tentar impedir
fugas.
Por
volta das 11h55 foram ouvidos muito tiros dentro da unidade. Ainda não se sabe
se foram tiros com munição não letal. Às 12h40 os presos levaram outros quatro
detentos, provavelmente feridos, com carrinhos de mão para a área
administrativa do presídio.
Às
14h25 uma ambulância levou presos para serem atendidos no Hospital Walfredo
Gurgel, em Natal. De acordo com o assessor de comunicação do Walfredo, apenas
um detento deu entrada no hospital, com um tiro na mão.
As
duas facções estão divididas no espaço que liga os pavilhões. Do lado esquerdo,
perto do pavilhão 4, estão os integrantes do Sindicato do RN e do lado direito,
os do PCC. Eles montaram barricadas com grades, chapas de ferro dos portões,
armários e colchões.
Por
volta da 13h30, uma escavadeira chegou ao presídio. De acordo com a assessoria
da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, o equipamento será usado
para diligências em busca de novos corpos dentro da unidade. Um carro da
Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) chegou ao local por volta das 11h
desta segunda-feira (16) para esvaziar a fossa. A busca por corpos será feita
pelo Corpo de Bombeiros, segundo a Secretaria Esatdual de Justiça e Cidadania
(Sejuc).
No
último fim de semana uma rebelião de mais de 14 horas em Alcaçuz deixou 26
mortos. Cinco presos identificados como chefes da facção que comandou o
massacre do fim de semana foram retirados de Alcaçuz para prestar depoimento e
serão transferidos para outros presídios. Nesta terça (17) o governador
Robinson Faria disse, em Brasília, que a situação estava sob controle.
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