Os
servidores da saúde do Estado iniciam uma greve por tempo indeterminado nesta
sexta-feira (30), mesmo dia da greve geral marcada pelas centrais sindicais. A
partir das 09h, eles promovem o ‘Arraiá da Saúde na Greve Geral”, em frente ao
Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. Em clima de festa junina, o protesto irá
denunciar a situação salarial e as condições de trabalho dos servidores.
Os
servidores da saúde de Natal também irão participar dos protestos nesta sexta.
Às 15h, terá início a manifestação da greve geral contra as reformas, em frente
ao Shopping Midway.
Entre
as reivindicações, está o pagamento em dia e reajuste dos salários, ampliação
das vagas do concurso público e a retirada de projetos enviados pelo governo
para a Assembleia Legislativa, como o que aumenta em 3% na contribuição dos
servidores ao Instituto de Previdência do RN (IPERN), e a garantia dos recursos
necessários para a saúde do RN.
A
principal reivindicação é o fim do atraso no pagamento. O salário de maio será
concluído somente nesta quinta-feira (29), para servidores e aposentados que
recebem acima de R$ 4 mil. “Estamos há quase dois anos nessa situação. O que
era uma coisa excepcional virou regra. Só que não vamos nos acostumar a
trabalhar sem saber quando receber”, afirmou Manoel Egídio, coordenador-geral
do Sindsaúde-RN.
Os
servidores cobram também o cumprimento de pontos do acordo judicial da greve
passada – como a revisão da lei da Produtividade e o concurso público – pelo
acordo, o edital deveria ter sido publicado em março deste ano.
Segundo
dados da própria Secretaria de Saúde Pública (Sesap), três mil servidores se
aposentaram desde 2014 (quando venceu o concurso anterior) e 44% da categoria
já pediu ou está próximo de pedir a aposentadoria.
O
sindicato pede ainda a ampliação das 404 vagas previstas para o concurso, e
critica a proposta de contratos temporários.
A
greve tem início durante a vigência do decreto de calamidade na saúde do RN,
publicado no dia 06 de junho no Diário Oficial. Após o decreto, o governo
anunciou três repasses de R$ 50 milhões do governo federal para a saúde
estadual.
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