A
popularidade do presidente Michel Temer continua em queda, segundo a
Confederação Nacional da Indústria (CNI). Este é o quarto trimestre consecutivo
de piora na avaliação do governo Temer. A pesquisa CNI-Ibope, divulgada hoje
(28) mostrou que apenas 3% da população consideram o governo Temer ótimo ou
bom. Já 77% consideram ruim ou péssimo; 16% avaliam com regular e 3% não sabem
ou não responderam.
Na
pesquisa anterior, a popularidade de Temer já havia caído a seu nível mais
baixo entre os ex-presidentes. Em julho deste ano, 5% dos entrevistados
avaliaram o governo como ótimo ou bom, 21% como regular, 70% como ruim ou
péssimo e 3% não souberam ou não responderam.
A
popularidade do presidente Michel Temer caiu a seu nível mais baixo. Segundo a
CNI, a avaliação do governo como ótimo ou bom é a pior desde o final do governo
de José Sarney, em julho de 1989, que foi 7%.
Segundo
a pesquisa da CNI, o aumento da impopularidade também foi registrado pelo
número de pessoas que dizem não aprovar a maneira do presidente governar ou que
não confiam no presidente. O percentual dos entrevistados que confiam em Temer
caiu de 10%, em julho, para 6%, em setembro. Já 92% não confiam no presidente;
na última avaliação, esse percentual era de 87%.
O
índice que desaprova a maneira do presidente Temer governar também subiu de 83%
para 89%. Entre os que aprovam a maneira de governar, eram 11% em março, agora
são apenas 7%.
Entre
as notícias mais lembradas pela população estão as que tratam da corrupção no
governo, da Operação Lava Jato e a liberação para exploração mineral na Reserva
Nacional de Cobre e Associados (Renca) exploração de minério. Para 68% dos
entrevistados, o noticiário recente é desfavorável ao governo; enquanto 9%
avaliam que as notícias recentes têm sido favoráveis; e para 12% elas não são
favoráveis, nem desfavoráveis.
Para
o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, a
popularidade muito baixa nesse momento tem dois componentes. “Nessa mudança [da
avaliação] de julho para setembro, o debate todo em torna da Amazônia afetou
essa avaliação. E, por mais que se tenha indicadores mostrando a evolução
gradual da economia, a população não está percebendo isso ainda, não vê
melhoras”, disse, explicando que a questão econômica é sempre muito atrelada à
avaliação do governo.
A
aprovação do atual governo caiu mais entre os entrevistados com renda familiar
mais alta. Das pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos -
faixa mais alta de classificação da pesquisa - o percentual dos que o
consideram ruim ou péssimo subiu de 75% para 86%. Ainda assim, na comparação
com os diferentes estratos de renda familiar, esse é o grupo onde a
popularidade do governo é mais elevada (12%).
Avaliação por área - Duas áreas registram significativa variação no
percentual de desaprovação no período, acima da margem de erro. A área de meio
ambiente, que em julho era desaprovada por 70% da população, passou a ter umar
reprovação de 79% e a aprovação teve queda de 21% para 15%. Já a desaprovação
da área de educação subiu de 75% para 81% e a aprovação caiu de 22% para 17%.
Ainda
assim, na comparação com julho, não há mudanças no ranking das áreas avaliadas.
A pior avaliação do atual governo refere-se aos impostos e à taxa de juros. Os
índices de desaprovação nestas áreas são, respectivamente, de 90% e 87%. Em
seguida, aparecem a saúde (86%), o combate ao desemprego (85%) e a segurança
pública (85%).
Perspectivas - As perspectivas para o tempo restante do governo
também não são positivas, segundo a CNI. Para 72% dos entrevistados, o restante
do governo será ruim ou péssimo, para 17% será regular e para 6% será ótimo ou
bom.
Para
59% dos entrevistados, o governo Temer está sendo pior que o governo da
presidente Dilma Rousseff. Em março, esse índice era de 52%. Já 8% acham que o
governo Temer está sendo melhor e 31% consideram igual ao governo Dilma.
O
levantamento foi realizado com 2 mil pessoas, em 126 municípios, entre os dias
15 e 20 de setembro e revela a avaliação dos brasileiros sobre o desempenho do
governo federal. A pesquisa completa está disponível na página da CNI. A margem
de erro da pesquisa é 2% e o nível de confiança utilizado é 95%.
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