O
novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa)
indica que 143 municípios potiguares estão em situação de alerta ou risco de
surto de dengue, zika e chikungunya. Das 167 cidades do RN, 165 enviaram os
dados para o estudo. Resultado: 70 estão em risco de surto das doenças, outras
73 aparecem em alerta e 22 estão em situação satisfatória.
Realizado
de outubro até a 1ª quinzena de novembro, o LIRAa teve adesão recorde de
municípios para este período do ano, com 3.946 cidades participantes, um
aumento de 73% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando 2.282
municípios fizeram o levantamento.
Além
das cidades em situação de risco, o LIRAa identificou 1.139 municípios em
alerta, com índice de infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9% e
2.450 municípios com índices satisfatórios, com menos de 1% das residências com
larvas do mosquito em recipientes com água parada.
Entre
as 17 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o LIRAa,
estão com índices satisfatórios os municípios de Macapá (AP), Fortaleza (CE),
Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Teresina (PI), Curitiba
(PR), Rio de Janeiro (RJ) e Palmas (TO).
As
capitais com índices em estado de alerta, são: Maceió (AL), Manaus (AM),
Salvador (BA), Vitória (ES), Recife (PE), Natal (RN), Porto Velho (RO), Aracajú
(SE) e São Luis (MA). As capitais Belém (PA), Boa Vista (RR), Porto Alegre
(RS), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT),
Brasília (DF) e Rio Branco (AC) não informaram os dados ao Ministério da Saúde.
O
Mapa da Dengue, como é chamado o Levantamento Rápido de Índices de Infestação
pelo Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do
mosquito. Com base nas informações coletadas no LIRAa, o gestor pode
identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do
mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O
objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores
condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito
Aedes aegypti.
Criadouros - A metodologia permite identificar onde estão
concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os
principais tipos de criadouros, por região. Os resultados reforçam a
necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a
dengue, zika e chikungunya, em especial nas cidades em risco e em alerta.
O
armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel, barril e tina,
foi o principal tipo de criadouro nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Nas
regiões Norte e Sul o maior número de depósitos encontrados foi em lixo, como
recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção.
Na região Sudeste predominou os depósitos móveis, caracterizados por
vasos/frascos com água e pratos.
Dengue - Segundo o Ministério da Saúde, até 11 de
novembro de 2017 foram notificados 239.076 casos prováveis de dengue em todo o
país, sendo observado uma redução de 83,7% em relação ao mesmo período de 2016
(1.463.007). Com relação ao número de óbitos, também houve queda significativa
(82,4%), reduzindo de 694 óbitos em 2016 para 122 em 2017. Da mesma forma, os
registros de dengue grave caíram 73%, de um ano para outro, passando de 901, em
2016, para 243 em 2017. Já dengue com sinais de alarme passou de 8.875 em 2016
para 2.209 em 2017, apresentando uma redução 75% em relação ao mesmo período do
ano anterior.
Em
todo país, a região Nordeste apresentou o maior número de casos prováveis
(84.051 casos; 35,2%) em relação ao total do país. Em seguida aparecem as
regiões Centro-Oeste (74.691 casos; 31,2%), Sudeste (55.381 casos; 23,2%),
Norte (21.057 casos; 8,8%) e Sul (3.896 casos; 1,6%).
Chikungunya - Até 11 de novembro, foram registrados 184.458
casos prováveis de febre chikungunya, o que representa uma taxa de incidência
de 89,5 casos para cada 100 mil habitantes. A redução é de 32,1% em relação ao
mesmo período do ano passado, quando foram registrados 271.637 casos. A taxa de
incidência no mesmo período de 2016 foi de 131,8 casos/100 mil/hab.
A
região Nordeste apresentou o maior número de casos prováveis de febre de
chikungunya (141.363 casos; 76,6%) em relação ao total do país. Em seguida
aparecem as regiões Sudeste (23.169 casos; 12,6%), Norte (16.125 casos; 8,7%),
Centro-Oeste (3.467 casos; 1,9%) e Sul (334 casos; 0,2%). Neste ano, foram
confirmados laboratorialmente 149 óbitos. No mesmo período do ano passado,
foram 211 mortes confirmadas, uma redução de 29,4%.
Zika - Até 11 de novembro, foram registrados 16.870
casos prováveis de zika em todo país, uma redução de 92,1% em relação a 2016
(214.126). A taxa de incidência passou de 103,9 em 2016 para 8,2 neste ano.
As
regiões Centro-Oeste e Norte apresentam as maiores taxas de incidência: 38,3
casos/100 mil hab. e 12,2 casos/100 mil hab., respectivamente. Entre as UFs,
destacam-se Mato Grosso (64,5 casos/100 mil hab.), Goiás (55,9 casos/100 mil
hab.), Tocantins (45,5 casos/100 mil hab.) e Roraima (43,4 casos/100 mil hab.).
Em relação às gestantes, foram registrados 2.197 casos prováveis, sendo 901
confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial.
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