A
Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e a Poliomielite atingiu a meta
de imunizar 95% do público-alvo estabelecida pelo governo federal.
Enquanto a média geral de vacinação contra sarampo foi de 95,3%, a de
poliomielite ficou em 95,4%. No total, 21,4 milhões de doses foram
aplicadas, beneficiando 10,7 milhões de crianças. O balanço foi
divulgado hoje (17) pelo Ministério da Saúde. A campanha foi
encerrada na sexta-feira (14), depois de ter sido prorrogada pela pasta. Alguns
estados e municípios, no entanto, mantêm a vacinação.
Os
números do ministério mostram variações da cobertura vacinal entre
estados. Quinze deles atingiram a meta para as duas vacinas. Já São Paulo
e Tocantins alcançaram o índice mínimo de 95% somente na vacinação contra
pólio. O Rio de
Janeiro foi a unidade federativa com o pior desempenho da campanha, com
uma cobertura de 83,3% contra poliomielite e de 84,4% contra sarampo, taxas que
poderão ser melhoradas, já que a Secretaria de Saúde do estado decidiu prorrogar a ação até
o próximo sábado (22). Na sequência, aparece o Distrito Federal, com
88% e 87,5%, respectivamente.
De acordo com o ministério, 1.180 municípios não
alcançaram a meta estabelecida pelo governo e cerca de 516 mil crianças
ainda não tomaram as vacinas contra as duas doenças. A única faixa etária que
não chegou ao índice esperado foi o de crianças de 1 ano, cuja cobertura
está em 88%. Na última terça-feira (11), a abrangência vacinal dessa faixa
etária se encontrava em torno de 85%.
A orientação da pasta, este ano, era de que todas as
crianças com mais de 1 ano e menos de 5 anos de idade recebessem
doses das vacinas, inclusive se já tivessem sido imunizadas anteriormente. Caso
a criança já tivesse sido vacinada, a nova dose serviria, portanto, de reforço.
A medida foi adotada em um contexto de surtos de sarampo no país, registrados
no Amazonas e em Roraima e que foram relacionados à importação de uma
variedade do vírus causador da doença. Segundo o governo federal, o genótipo do
vírus (D8) que circula, hoje, no território brasileiro é o mesmo detectado
na Venezuela, que enfrenta um alastramento da doença desde o ano passado.
O sarampo e a poliomielite são doenças infectocontagiosas que
podem resultar em complicações graves para as crianças, podendo levar até a
morte. Entre as sequelas da poliomielite estão, por exemplo, paralisia de
membros inferiores e de músculos da fala e de deglutição, osteoporose e atrofia
muscular. Já o quadro de pacientes com sarampo, por sua vez, pode evoluir para
doenças como pneumonia.
Casos
de sarampo - Boletim do Ministério da
Saúde mostra que, até o dia 10 de setembro, 1.673 casos de
sarampo haviam sido confirmados no Brasil. Do total, 1.326 foram
confirmados no Amazonas, unidade federativa que soma, ainda, 7.738 ocorrências
em investigação. No Amazonas, 301 casos da doença foram
confirmados e 74 casos ainda estão sendo averiguados. Alguns
casos isolados da doença foram identificados nos estados de São Paulo,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Pernambuco e Pará. Além
disso, até o momento, no país, oito pessoas morreram em decorrência do sarampo,
sendo quatro em Roraima e quatro no Amazonas.
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