Na
análise da chuva acumulada no ano de 2018, quando comparada com a média
climatológica anual, que é de 847,4 milímetros, é observado um desvio
percentual negativo de -7,0 %, isto é, choveu um pouco abaixo da média
esperada. Mesmo assim a situação é bem melhor que os últimos anos, comparando
com o balanço anual de chuvas em 2017 quando a média registrada foi de 630,5
milímetros, choveu -27,4% abaixo da média anual para o Estado que é de 847,4mm.
O
ano terminou confirmando que depois de 6 anos consecutivos de seca severa, a
situação começou a mudar, já no primeiro semestre de 2018, que compreende o
período chuvoso no semiárido potiguar (fevereiro a maio), os dados divulgados
pela Emparn mostrou que o volume registrado 734,6mm, ficou bem próximo do que
costuma chover, quando a média é de 758mm, choveu apenas 2,2% abaixo da média
para o período.
Em
2018, o Litoral, foi a região onde o choveu menos, comparando com a média que
costuma chover durante todo o ano. Como mostra o quadro abaixo, a média anual
no Litoral Leste é de 1246,3 milímetros e choveu 1060,0 mm (-14,9%).
Dezembro de 2018 foi o mais chuvoso
dos últimos anos e contribuiu para o aumento do volume anual
Em
dezembro, mês de pouca chuva, em 2018 o volume registrado foi bem acima da
média, devido a atuação do sistema meteorológico Vórtice Ciclônico de Ar
Superior (VCANS). Destaque para as regiões Central (+96,8%) e Oeste (+69,4%). O
Litoral Leste, foi a única região potiguar onde o volume anual de chuva, ficou
abaixo da média (-22,8%). No total para o Estado, o volume de chuva em
dezembro/2018, foi de 47,1% acima da média.
Previsão para janeiro de 2019 é de
chuva
O
ano de 2019 começou com a presença do Fenômeno EL NIÑO fraco a moderado no
Oceano Pacífico, e com tendência de apresentar uma diminuição na sua
intensidade nos próximos meses. Esse comportamento, El Niño Fraco, é favorável
a ocorrência de chuvas na região Nordeste do Brasil para o período de fevereiro
a maio de 2019.
No
caso do restante do mês de janeiro e fevereiro, as previsões indicam que as
chuvas deverão continuar com grande variabilidade temporal e espacial, uma vez
que o sistema meteorológico que atua nessa época do ano, o Vórtice Ciclônico de
Ar Superior (VCANS), apresenta esse comportamento, além de ser de baixa
previsibilidade.
Além
disso a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema
meteorológico que provoca chuva no sertão nordestino, já está atuando em
conjunto com o Vórtice Ciclônico. Esse ano Zona de Convergência Intertropical,
começou a atuar com antecedência, já que normalmente começa a atuar, provocando
boas chuvas, a partir do segundo semestre de fevereiro.
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