De
janeiro a março deste ano, o Rio Grande do Norte fechou 5.641 vagas de trabalho
formal. O número é 21,41% maior que o quantitativo tabulado no mesmo período de
2018. O setor que mais acumulou demissões no primeiro trimestre de 2019 é o da
Agropecuária, em decorrência dos encerramentos dos ciclos de plantio e colheita
de frutas e cana-de-açúcar.
Os números do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) de março foram divulgados nesta quarta-feira, 24, pelo
Ministério da Economia. Após dois meses em alta, o Brasil encerrou o mês em
referência com saldo negativo de vagas de empregos formais: -43.196.
No
Estado, o maior número de fechamentos ocorreu na Agropecuária, com -1.593
vagas. Mantendo a tendência de queda desde janeiro, a Construção Civil ampliou
o número de desligamentos no mês de março: -401. Num ritmo mais lento do que o
registrado entre os meses de janeiro e fevereiro, o Comércio cortou 65 vagas.
Pela primeira vez no ano, o setor de Serviços encerrou março com saldo negativo
de 59 vagas. Os números positivos foram registrado no Serviço Industrial de
Utilidade Pública, com abertura de 64 postos de trabalho, seguido da Indústria
de Transformação, com 17, e a Extrativa Mineral, com 4. Após dois meses de
fechamento de vagas, a Administração Pública nem contratou e nem demitiu em
março (saldo 0).
Ao
longo da última década (2009 a 2019), o mês de março só registrou saldo
positivo de vagas de emprego formal em três anos: 2010, com +1.200; 2012, com
+417; e 2013, com +409. Os demais anos registraram saldo negativo, com destaque
para o ano de 2009, uando foram fechadas 2.470 vagas no Rio Grande do Norte.
No
Nordeste, somente o Estado da Bahia registrou saldo positivo de vagas em março,
com 2.569 aberturas. O maior registro de fechamentos ocorreu em Alagoas, com
-9.636. Em seguida, Pernambuco com -6.286. O terceiro maior número de vagas de
empregos formais fechadas foi no Ceará: -4.638. Num número menor, vagas foram
encerradas na Paraíba, -919; em Sergipe, -901; no Maranhão, -830, e no Piauí,
com -805.
Brasil - O
mercado de trabalho formal apresentou, em todo o país, saldo negativo de 43.196
empregos com carteira assinada em março. Foram registradas 1.216.177 admissões
e 1.304.373 demissões no período. No mês anterior, o saldo havia ficado
positivo, com 173.139 admissões (1.453.284 admissões e 1.280.145 demissões).
Com isso, no acumulado do bimestre (fevereiro/março), o saldo está em 129.943.
O
Caged mostra que houve queda de 15,88% na geração de emprego formal no primeiro
trimestre deste ano quando a comparação é feita com o mesmo período do ano
passado. O cálculo considera os dados sem ajustes sazonais.
Por
esta série, houve no primeiro trimestre deste ano geração de 164,2 mil empregos
com carteira assinada. No primeiro trimestre de 2018, a criação de vagas
formais havia sido de 195,2 mil.
A
maior perda registrada em março foi no setor de comércio, que apresentou uma
diminuição de 28.803 vagas, seguido de agropecuária (-9.545), construção civil
(-7.781), indústria da transformação (-3.080) e serviços industriais de
utilidade pública (-662). Três setores tiveram resultados positivos: serviços
(4.572), administração pública (1.575) e extrativa mineral (528). Os estados
que apresentaram os piores resultados foram Alagoas (-9.636 vagas), São Paulo (-8.007),
Rio de Janeiro (-6.986), Pernambuco (-6.286) e Ceará (-4.638). Os que anotaram
saldo positivo foram Minas Gerais (5.163), Goiás (2.712), Bahia (2.569), Rio
Grande do Sul (2.439), Mato Grosso do Sul (526), Amazonas (157), Roraima (76) e
Amapá (48).
O
salário médio das admissões registradas em março ficou em R$ 1.571,58, valor
que, se comparado ao mesmo período do ano anterior, representa perda real de R$
8,10 (-0,51%). Já o salário médio que era pago no momento da demissão apresenta
queda maior, de R$ 29,28 na comparação com março de 2018 – valor que representa
perda real de -1,69%.
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