O
número de casos de dengue no Rio Grande do Norte apresentou uma redução de
36,5% nos quatro primeiros meses deste ano, de acordo com um monitoramento do
Ministério da Saúde, divulgado esta semana. O Estado é um dos sete que
registraram essa diminuição de casos, porém, apenas 11 municípios têm situação
considerada satisfatória.
Até
o dia 13 de abril, foram registrados 451.685 casos prováveis de dengue no
Brasil, sendo esse um aumento de 339,9% em relação ao mesmo período do ano
passado. Em 2018, no mesmo intervalo de tempo, os casos registrados chegaram a
102.681.
De
acordo com o alerta do Ministério da Saúde, cerca de 994 municípios brasileiros
apresentam alto índice de infestação pelo mosquito aedes aegypti e estão
sujeitos a uma epidemia da doença. O número representa 20% das 5.214 cidades
que realizaram algum tipo de estudo que classifica o risco do aumento de
doenças causadas pelos transmissores. Além da situação de risco, o estudo
identificou 2.160 municípios em situação de alerta e 1.804 com índices
considerados satisfatórios.
Ainda
de acordo com o monitoramento do Ministério da Saúde, cerca de oito estados têm
incidência superior de 300 casos por 100 mil habitantes, número considerado
preocupante. Tocantins tem o maior número de incidência de casos de dengue.
Seguido de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Acre, Espírito Santo, São
Paulo, Distrito Federal.
O
monitoramento por estado fez pesquisas isoladas nos municípios de cada unidade
federativa. De acordo o Ministério da Saúde, são considerados municípios em
risco aqueles que têm o índice de infestação predial superior a 3,9%. Índices
entre 1% e 3,9% fazem com que o município em questão estejam “em alerta”. Qualquer
índice abaixo de 1% é classificado satisfatório.
No
Rio Grande do Norte, 97 municípios potiguares estão com risco de surto da
doença e outros 54 estão em alerta, de acordo com o índice de infestação
divulgado pela pasta. Apenas 11 cidades monitoradas apresentaram índices
satisfatórios.
O
monitoramento também elencou as capitais pelo país. Natal foi uma das três
capitais cujos dados não foram compilados pelo Levantamento Rápido de Índices
de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), mas através de outro método, a
“armadilha”. Além da capital potiguar, Porto Alegre e Curitiba realizaram
levantamento por esse método, utilizado quando a infestação do mosquito é muito
baixa ou inexistente, de acordo com o Ministério da Saúde. Apenas 256 cidades
de todo o país utilizaram esse sistema.
No
caso da zika e da chikungunya, o RN também apresentou redução. Quanto à zika,
registrou-se uma redução de 76,5% entre janeiro e o final de março, saindo de
36 casos no primeiro trimestre do ano contra 153 no mesmo período de 2018. Já
em relação à cinkungunya, a queda foi de 9,7%. Foram registrados 392 casos
neste ano contra 434 do ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde.
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