O presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, abriu hoje (1º) o ano judiciário
comemorando a chegada da vacina contra covid-19 e exaltando o papel da ciência
no combate ao novo coronavírus. “Não tenho dúvidas
de que a ciência, que agora conta com a tão almejada vacina, vencerá o vírus; a
prudência vencerá a perturbação; e a racionalidade vencerá o obscurantismo”,
afirmou o ministro.
Fux disse ainda que
não se deve dar ouvidos a "vozes isoladas” que, mesmo de dentro do Poder
Judiciário, “abusam da liberdade de expressão para propagar ódio, desprezo às
vítimas e negacionismo científico”.
Em seu discurso,
Fux confirmou que, mesmo depois da pandemia, parte significativa dos servidores
do Supremo deve seguir em teletrabalho. Ele voltou a exaltar o processo de
digitalização da Corte, que neste ano deve se chegar a 100%.
Sobre esse assunto,
o ministro lembrou os ataques cibernéticos sofridos por tribunais superiores em
2020 e disse que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atua para garantir a
segurança dos sistemas.
Cerimônia - Assim
como em toda abertura do ano judiciário, o presidente do Supremo discursou em
uma solenidade a partir do plenário da Corte. Neste ano, a cerimônia foi
híbrida, com autoridades participando também por videoconferência, em razão da
pandemia de covid-19. Além de Fux, estavam presentes no plenário apenas os
ministros Nunes Marques, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber.
Entre os convidados
de honra, estavam presentes o presidente da República, Jair Bolsonaro, o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o presidente nacional da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. O ministro da Justiça e
Segurança Pública, André Mendonça, e o advogado-geral da União, José Levi,
também compareceram. O procurador-geral da República, Augusto Aras, havia
confirmado presença, mas acabou participando por videoconferência.
Conforme prevê o
protocolo, além de Fux, apenas os representantes da OAB e da PGR discursaram na
cerimônia. Em sua fala, Santa Cruz também exaltou os cientistas pela chegada da
vacina. “O país começa a respeitar ares de esperança com a chegada das vacinas,
registro aqui minha homenagem aos cientistas”, disse ele, acrescentando que a
ciência muitas vezes trabalha sem condições financeiras e políticas
adequadas.
Da mesma maneira,
Aras prestou homenagem a cientistas e profissionais de saúde. Ele afirmou que o
Ministério Público atua “pela garantia do abastecimento de oxigênio, pela
vacinação e demais medidas de segurança nacional”
“A corrida para
conter a epidemia é também pela retomada econômica do país. Ao tempo que
defendemos o direito fundamental à vida, atuamos igualmente pela redução de
nossas desigualdades sociais e pelo retorno de nossa produtividade”,
acrescentou Aras.
*agência Brasil
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